mariana manhães: antagonistas: resistências algorítmicas
Mariana Manhães participa da exposição "Antagonistas: resistências algorítmicas" no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo.
Com curadoria de Bruno Moreschi, Gabriel Pereira e Heloísa Espada, a mostra pretende refletir o processo de negligenciamento e apagamento de práticas e saberes culturais através do surgimento de tecnologias dominantes e das promessas associadas às revoluções tecnológicas a serviço da Inteligência Artificial que, por sua vez, captura rapidamente a imaginação coletiva. Neste sentido, a mostra contextualiza a vasta produção de artistas, ativistas e cientistas que, desde os anos 1960, propuseram estratégias de resistência às tecnologias informacionais hegemônicas. Neste sentido,
“Mariana traz sua juventude e poesia para esse campo de batalhas antigas entre conciliação e ironia perante o triângulo amoroso formado por tecnologia, ideologia e arte – funcionalizar ou desfuncionalizar as máquinas pelo sensível, como extensões ou infiltrações sensoriais no mundo da tecnologia. Liquescer é um colírio de anima que invade as últimas palavras das telas de “plasma” – nas minitecnologias animadas – lembrando um Gary Hill, porém sem perder a ternura. A ambigüidade entre tecnologia e sensibilidade é explorada, nos jogos relacionais entre imagens de um vaso que recebe água e transborda e se esvazia, acompanhado de movimentos mecânicos das asas dessas criaturas do Liquescer”, escreve Luiz Guilherme Vergara, em ocasião de apresentação da série Liquescer.
Mariana Manhães: Antagonistas: resistências algorítmicas
29 nov - 22 fev 2026
Bruno Moreschi, Gabriel Pereira e Heloísa Espada
MAC USP
São Paulo
mariana manhães, liquescer (jarro de cristal), 2007 [detalhe]. foto: cortesia da artista