2025: minas gerais
2025: bento freitas
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2017: mourato coelho
2016
sofia borges: ateliê, objeto mistério
13 nov 2015 - 07 mar 2026
"o fogo, o fogo, o fogo, o lindo fogo. eu quero dizer a mímesis, o invisível, o manifesto, a tragédia, o fóssil, o teatro, o olho, a caverna, a cortina, o cristalino, o rasgo, o mistério e o resplandecente. eu quero dizer a fulgurosa luz matérica, o intenso brilhante metafísico, o ovo, a transparência infinita, o absoluto, o esplêndido ofuscante, o tempo espesso e o espelho inconsciente."
— sofia borges
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A Central Galeria tem o imenso prazer de inaugurar a mais nova exposição individual da artista Sofia Borges, “ateliê, objeto mistério“, nesta quinta-feira, 13 de novembro. Essa é a primeira exposição da artista no Brasil desde o seu retorno de Nova Iorque.
A poética do trabalho de Borges se desenvolve em torno da formação da imagem em suas diversas formas dentro do imaginário histórico-social geral e pessoal da artista. Seu trabalho retraça frequentemente linhas de resgate de ancestralidades por meio de materiais, como metais, rochas e minerais, assim como à figura da paleontologia, da mitologia, do teatro e da análise da figura humana, especialmente do rosto. O museu ocupa um espaço igualmente importante em sua pesquisa uma vez que ele se apresenta como um agente de reconfiguração eterno de imagens dentro da sociedade.
A exposição possui um formato híbrido entre exposição e ateliê em pleno funcionamento, instalado dentro da galeria, onde a artista continuará trabalhando durante a mostra. Obras de diferentes épocas apresentam diálogos persistentes dentro da pesquisa da artista, que provam um processo preambular de formação da imagem e da linguagem. Uma das peças centrais da mostra, o filme da artista, entrelaça narrativas poéticas com imagens de seu repertório. Fotografias de grande dimensão e pinturas feitas com pigmentos minerais, folhas de arroz de Kozo e veludo ocupam a galeria em uma grande associação de imagens e palavras.
Nascida em Ribeirão Preto, SP, em 1984, Sofia Borges expôs no MoMA de Nova York e no Nottingham Contemporary no Reino Unido, além de ter sido artista curadora na 33a Bienal de São Paulo, a mais jovem artista da história da Bienal de São Paulo a participar do evento. A artista também foi contemplada com a Bolsa Iberê Camargo em 2010, o British First Book Award em 2016 e a Bolsa ZUM do IMS em 2017.
gabriela mureb: cavalo-vapor
02 set - 01 nov 2025
texto de natália quinderé
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A Central apresenta até 01 de novembro a individual de Gabriela Mureb, "Cavalo-vapor”. A exposição inaugura a nova sede da galeria, ocupando os dois andares do espaço com instalações, esculturas e um filme.
“Crash” (2023) integra o corpo de trabalhos da mostra e será apresentado pela primeira vez no Brasil. Realizado por Mureb durante o programa de residência da Salta art o filme acompanha o processo de desmanche de um carro de teste no Centro de Desmontagem e Reciclagem da BMW, em Unterschleißheim, região metropolitana de Munique. As cenas que aparentemente registram caos e desordem, apresentam gestos cirúrgicos que dissecam o veículo para que se torne novamente matéria industrial, em um ciclo de morte e vida que ecoa a mecanização onipresente no mundo contemporâneo.
Artista em destaque na Trienal do New Museum em 2021 e na 13ª Bienal do Mercosul em 2023, Gabriela Mureb elabora, em sua obra, ruídos entre corpo, objetos técnicos e máquinas, em trabalhos que se apresentam ora como sobreposições de engrenagens, ora como sistemas em funcionamento.“Mureb aprofunda sua pesquisa, por meio da mistura de materiais duros, moles, fluidos, térmicos, fumaça, ferrugem e graxa. A partir dessas montagens, a artista oferece experiências sensoriais aos espectadores, por meio do calor, do cheiro e dos ritmos maquínicos.” comenta a curadora, pesquisadora e artista Natália Quinderé, que assina o texto crítico da exposição.
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vistas da exposição
compilação de acidentes
07 jun - 05 jul 2025
alexandre nitzsche cysne, douglas de souza e gabriela mureb
texto de cristiana katagiri
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A Central, em parceria com a Cavalo, apresenta a exposição “Compilação de Acidentes” na Gruta, espaço independente em São Paulo, a partir de sábado, 7 de junho. O projeto propõe um diálogo entre as obras dos artistas Alexandre Nitzsche Cysne, Douglas de Souza e Gabriela Mureb.
“As obras aqui reunidas resultam de um interesse comum por uma arqueologia da vida cotidiana, onde corpos se deparam com seus objetos de desejo e as promessas que eles encarnam”, escreve a pesquisadora Cristiana Katagiri no texto que acompanha a mostra.
A Gruta está localizada na Rua Barra Funda, 450, em São Paulo.
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(port)
/ texto
vistas da exposição
sergio augusto porto: espaço do invisível
17 mai - 02 ago 2025
texto de yuri quevedo
sergio augusto porto, varas de alumínio no cerrado, 1970 (detalhe). foto: cortesia do artista
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A Central apresenta, a partir de 17 de maio, a segunda exposição individual de Sergio Augusto Porto na galeria. Com texto de Yuri Quevedo, curador da Pinacoteca de São Paulo, “Espaço do Invisível” reúne obras históricas e projetos inéditos realizados especialmente para a mostra.
Em “Espaço do Invisível”, a Central apresenta três núcleos de obras do artista — dois deles exibidos ao público pela primeira vez. “É a oportunidade de ver uma pesquisa consistente, com poucos paralelos em sua época e que, apesar dessas características, se manteve à margem das antologias dedicadas ao início da arte contemporânea entre nós”, comenta Quevedo no texto que acompanha a exposição.
Entre os trabalhos selecionados estão oito desenhos em nanquim sobre papel, realizados em 1971 a partir da paisagem de Brasília; a série "Vidros Canelados", concebida pelo artista em 1990 e desenvolvida neste ano; e a terceira montagem de "Varas de Alumínio no Cerrado”, criada originalmente em 1970 e apresentada pela última vez em 2024, na exposição coletiva “Brasília: A Arte do Planalto”, no Museu Nacional da República. -
vistas da exposição
sopra a ave-do-paraíso, voa longe a viúva negra
29 mar - 17 mai 2025
curadoria de galciani neves
alexander calder, viúva negra, 1948. foto: filipe berndt
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A Central em parceria com Eliana Finkelstein apresenta, a partir do dia 29 de março, a exposição coletiva “Sopra a ave-do-paraíso, voa longe a viúva negra” no primeiro andar e no mezanino do Instituto dos Arquitetos do Brasil de São Paulo (IABsp).
Convidada por Eliana e Fernanda Resstom, fundadora e diretora da Central, Galciani Neves realiza a curadoria da mostra que articula obras de mais de 20 artistas que tecem diálogos, relações e elucubrações acerca da “Viúva Negra" (1948), de Alexander Calder (1898-1976). O móbile, doado pelo artista ao IABsp, é parte da coleção do Instituto e, assim como o edifício, é tombado como patrimônio cultural pelo IPHAN.
“A história de uma obra de arte acumula os registros sobre as vezes que ela foi exibida; os textos sobre ela escritos; as experiências e acontecimentos que sua aparição e circulação geraram. Essas vibrações, por vezes, colocam a obra em uma espécie de presente expandido no tempo, sempre atualizando-a e incansavelmente nos surpreendendo. Admitindo que todas essas possíveis e incontáveis experiências diante de uma obra são contribuições à sua reflexão, essa mostra articula, com esta perspectiva, as obras como uma espécie de sopro que junto com o público e com a efervescência do centro de São Paulo movem a “Viúva Negra", animando-lhe de tempos e sensações do agora e lhe dando as tantas “formas fugidias”, como nos disse Sartre sobre Calder” conta a curadora.
Alice Shintani, Arivanio, Aycoobo, Bozó Bacamarte, Carmela Gross, Carmézia Emiliano, Cleiber Bane e Cleudon Sales Txana Tuin - MAHKU (Movimento dos Artistas Huni Kuin), Darks Miranda, Davi de Jesus do Nascimento, Diambe, Erika Malzoni, Gilvan Samico, Heloisa Hariadne, Kimi Nii, Liuba Wolf, Mariana Rocha, Mayawari Mehinako, Melissa Stabile de Mello, Nilda Neves, Niobe Xandó, Rayana Rayo, Selva de Carvalho e Véio participam da mostra. -
vistas da exposição
mariana manhães: o lado de fora dos olhos fechados
15 fev - 30 abr 2025
texto crítico de ana avelar
mariana manhães, sobre as coisas cujos nomes sempre são escritos com letras minúsculas, 2025. foto: ana pigosso
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Mariana Manhães apresenta a exposição individual ‘O lado de fora dos olhos fechados’ a partir do dia 15 de fevereiro, sábado, na Central.
A mostra marca a mudança na prática da artista, que, após um período de silêncio, experimenta novos materiais e soluções formais para as obras apresentadas. "Meu interesse é entrar em algo que não tenha nome, que não seja nem instalação, nem escultura, e sim, todas as coisas juntas” conta Manhães.Manhães foca, nesta exposição, na invenção de organismos e seus espaços próprios. “Seres organizados em círculo nesta sala, como num alinhamento megalítico, evocam a distribuição de elementos numa floresta, onde habitam entes que vemos e que não vemos. Ronda o mistério; sinto que há um ritual em curso, embora não seja capaz de nomeá-lo.” escreve Ana Avelar, que assina o texto crítico da mostra.
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vistas da exposição